O conceito de inteligência competitiva não é novidade para muitos profissionais. Embora sua aplicação seja bastante antiga em outros países, no Brasil começou a se tornar mais relevante apenas nas últimas décadas, com seu uso ainda bastante limitado.

Entender sua definição e empregá-la de forma correta é a chave para lidar com mercados altamente (e cada vez mais) competitivos.

MAS O QUE É INTELIGÊNCIA COMPETITIVA?

De forma simplificada, é a captação e a análise preditiva de dados sobre os concorrentes e o mercado no qual atuam: tendências, técnicas, estratégias, falhas e vantagens competitivas.

Segundo estudo da Crayon em 2020, 90% dos entrevistados afirmaram que seu nicho de mercado se tornou mais concorrido nos últimos três anos, enquanto 48% alegam que se tornou muito mais competitivo.

Assim, a proposta da inteligência competitiva (ou IC) é se antecipar aos fatos e criar soluções de forma proativa, não somente observando dados comportamentais e macroeconômicos, como também atuando previamente na gestão empresarial.

Enquanto muitas empresas ainda esperam o mercado “acontecer”, as que investem nessa área se antecipam às mudanças, crises e até mesmo ditam as regras para as demais do setor.

Podemos observar esse fator claramente em grandes indústrias voltadas à fabricação de alimentos e bebidas. Quando um produto diferente é lançado, em pouco tempo a concorrente apresenta o seu próprio. Através de uma equipe de IC efetiva, a demanda foi identificada e repassada a todas as demais áreas da companhia, que trabalham com afinco para que o desenvolvimento ocorra.

Após a pandemia do novo coronavírus, ficou evidente a necessidade de buscar soluções rápidas, eficazes e inteligentes para sobreviver em meio às incertezas do mercado. O comportamento do consumidor mudou definitivamente, o que exigiu muita adaptabilidade na indústria.

Uma vez que o processo de IC é implementado de maneira efetiva, é possível entender onde e de que forma seu concorrente atua, aprendendo com seus erros e acertos. Isso se torna crucial em momentos como os que vivemos ultimamente, pois permite maior diferenciação e assertividade.

Como implementar a inteligência competitiva de forma eficaz?

Primeiramente, é importante direcionar os recursos adequados para atuarem de maneira dedicada à gestão estratégica.

Hoje em dia, as principais empresas norte-americanas têm áreas voltadas à inteligência competitiva. De acordo com o estudo da Crayon, apenas 6% das empresas não tinham colaboradores focados em IC, sendo que 57% delas tinham ao menos duas pessoas trabalhando ativamente nesse ramo.

Em algumas empresas, o escopo desse trabalho cabe ao time de Marketing, enquanto em outras, a área de Pesquisa e Desenvolvimento. Na verdade, o importante é que os profissionais sejam altamente qualificados e analíticos.

Afinal, eles terão de filtrar uma enorme variedade de dados, trazendo insights importantíssimos para as demais áreas da companhia e garantindo que a tomada de decisão seja feita direcionada à sustentabilidade e evolução do negócio.

Algumas funções do profissional de IC:

  • Identificar tendências;
  • Monitorar e analisar estrategicamente os cenários nos quais a empresa está inserida;
  • Identificar riscos;
  • Perceber oportunidades.

Desse modo, há pouco ou nenhum espaço para surpresas ao longo do processo, enquanto os pontos críticos são ajustados de forma rápida e assertiva.

Uma empresa que consegue desempenhar um bom papel na inteligência competitiva normalmente é reconhecida, admirada e exaltada por seus consumidores.

Uma vez que seu time prevê as dores que seu público tem, sua constante transformação e, principalmente, onde o concorrente acertou e errou em relação a ele, temos o que chamamos de “inovação”.

Ou seja: você se antecipa às necessidades que seu cliente nem sabia que tinha, e por isso você é destacado no mercado, gerando mais vendas.

Portanto, os objetivos gerais da IC são:

  • Identificar os personagens que atuam no mercado;
  • Entender o ambiente competitivo e como as ações da empresa mobilizam o meio;
  • Aprender com erros e acertos dos concorrentes;
  • Reduzir riscos;
  • Avaliar e reajustar estratégias de gestão a partir de determinados cenários;

DIFERENÇA ENTRE INTELIGÊNCIA DE MERCADO, BENCHMARKING E IC.

Ainda que a inteligência competitiva também avalie o mercado, ela é diferente da inteligência de mercado. Enquanto a última é focada no cenário no qual a companhia está inserida, tendo como fator central o público-alvo (e fatores socioeconômicos, demanda, consumo, entre outros), a primeira busca antecipar-se aos concorrentes e desenvolver diferenciais competitivos.

A inteligência de mercado tem como objetivo principal o curto prazo: analisar o comportamento de compra dos consumidores, criando novos produtos e assim crescendo sua participação mercadológica.

Ao mesmo tempo, a IC visa o curto prazo, mas também o médio e longo prazo, entendendo as oportunidades e os riscos voltados ao próprio negócio. Principalmente, tomando como base a concorrência.

Ainda, o benchmarking se diferencia da inteligência competitiva por ser uma ferramenta com ênfase nos próprios recursos e nos da concorrência, na geração de metas e de caráter defensivo. Já a IC se antecipa às tendências futuras, visando prever e ajustar processos e estratégias, com caráter ofensivo.

Nos três casos, as técnicas caminham paralelamente e são importantes para a empresa, mas possuem características diferentes.

A ERA DA INTELIGÊNCIA E O MERCADO COMO UM TODO

0Definitivamente, vivemos em um mundo cada vez mais conectado e colaborativo. As informações são constantes e o acesso a elas muito mais facilitado.

O famoso Big Data nos fornece um volume imenso de informações, que nem sempre é aproveitado da melhor forma. Por isso, é necessário que a coleta de dados que citamos anteriormente seja feita de forma consistente e organizada, reduzindo o tempo de análise e consequentemente, de tomada de decisão.

A Cast Group conta com o sistema de Solução Analítica, o melhor do mercado para a gestão de dados.

Mediante associação de bases em tempo real, ele traz funcionalidades de Business Intelligence para que sua empresa possa avaliar e repassar os insights coletados sobre a concorrência de forma mais clara e simplificada.

Invista em ferramentas e técnicas que farão com que sua empresa se diferencie no mercado. Afinal, como citou Carlos Hilsdorf: “No mundo dos negócios, as mudanças ocorrem cada vez mais rápido. Para caminhar para trás, basta ficar parado”.