Assim como ocorre com as empresas privadas, os serviços públicos do futuro também precisam investir em tecnologias emergentes. Os governantes e membros do poder executivo, como prefeitos, governadores, secretários e diretores, devem buscar recursos tecnológicos para inovar nos órgãos em que atuam.

Isso ficou ainda mais evidente com o recente Decreto nº 10.332, editado em 28 de abril de 2020, pelo presidente Jair Bolsonaro. O documento institui a Estratégia de Governo Digital para o período de 2020 a 2022, no âmbito dos órgãos e das entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional.

Na prática, o decreto institui um plano de transformação digital nos serviços públicos, o que envolve a unificação de canais digitais e um atendimento mais eficiente à população.

TENDÊNCIAS DE TECNOLOGIAS EMERGENTES PARA SERVIÇOS PÚBLICOS

transformação digital no setor público segue praticamente as mesmas tendências do setor privado. O objetivo é que as tecnologias emergentes sirvam para que o povo tenha facilidade ao utilizar os serviços que são fornecidos pelo governo, tais como o agendamento de consultas em postos de saúde, matrículas em escolas e faculdades públicas, entre outras.

Ao falar sobre tendências nessa área, atualmente, a inteligência artificial cognitiva é a que tem mais força. Para compreender mais sobre o tema, convém que expliquemos alguns termos.

O primeiro deles é a cognição, que são as condições que uma pessoa tem e proporcionam a obtenção de conhecimento. A capacidade cognitiva, por sua vez, é a competência que cada um possui para compreender e aprender coisas novas.

Ela está bastante relacionada à cultura, tendo em vista que uma pessoa que teve mais acesso aos bancos escolares, por exemplo, tem mais facilidade em aprender algo, do que alguém que tem pouco estudo.

Trazendo essa realidade para o meio digital, a inteligência artificial cognitiva pode ser definida como a capacidade que os hardwares e softwares têm de aprender e reproduzir o aprendizado. Colocando isso em prática, é possível automatizar tarefas e realizá-las em menos tempo.

Os colaboradores das empresas deixam de ter que se preocupar com atividades mais burocráticas e passam a se dedicar apenas para ações estratégicas. Isso vale tanto para a área privada, quanto para o setor público.

No que se refere aos órgãos públicos, um problema sempre muito apontado pela população e gestores é o excesso do funcionalismo. Muitas pessoas se queixam sobre a grande  quantidade de funcionários e a burocracia necessária para acessar a qualquer tipo de serviço básico, que são direitos de todos os cidadãos, que contribuem com os seus impostos.

A inteligência artificial tende a mudar essa realidade. Os processos serão encurtados, as pessoas terão mais facilidade para acessar os serviços públicos e os gestores terão os seus governos mais bem avaliados. Todos saem ganhando.

4 VANTAGENS DA IMPLEMENTAÇÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PARA OS SERVIÇOS PÚBLICOS DO FUTURO

Compreendido que a inteligência artificial é a principal tendência em tecnologias emergentes para os serviços públicos do futuro? Então, agora é chegado o momento de você aprender sobre as vantagens que ela proporciona. Acompanhe!

1. Organização das demandas

Os serviços públicos do futuro precisam ser organizados! A inteligência artificial pode contribuir muito para isso, fazendo atividades que podem se desencontrar quando feitas por humanos.

Exemplo disso acontece com a fiscalização de pagamentos de impostos. A inteligência artificial pode facilmente fazer uma varredura para saber quem pagou ou não os tributos. Assim, fica mais fácil de fazer uma régua de cobrança, para que todos os cidadãos regularizem a situação.

2. Registros de dados em sistemas

A inteligência artificial e outras tecnologias emergentes, como o uso de softwares de gestão, contribuem para que os dados sejam sempre registrados em sistemas, que podem ter protocolos de segurança específicos. Backups podem ser feitos periodicamente, para recuperar informações, por exemplo.

Isso é muito interessante para a área pública, em que é comum acontecer uma disputa de poderes, que prejudica os serviços prestados à população. Não é raro acontecer a troca de partidos no poder de um município, por exemplo, e a equipe que está deixando o comando fazer a exclusão de dados importantes, somente para prejudicar aquele que foi seu concorrente no pleito eleitoral.

3.  Facilidade para o agendamento

Por meio de chatbots, um dos principais instrumentos da inteligência artificial, fica fácil de fazer o agendamento de serviços públicos. Afinal, os próprios cidadãos podem baixar aplicativos ou acessar sites e fazer isso rapidamente, interagindo com os robôs.

Imagine que alguém precisa regularizar o seu título de eleitor, por exemplo. Isso é possível de ser feito com poucos cliques, se o cartório eleitoral tiver um serviço digital para essa finalidade. De tal modo, se descarta a necessidade dessa pessoa ter que se dirigir até uma repartição pública, perder tempo em longas filas de espera, entre outros contratempos.

4. Transparência dos processos

A transparência dos processos é algo cada vez mais buscado pelos gestores públicos, tendo em vista que as pessoas estão exigentes com pautas como a destinação dos seus impostos. Com o uso de inteligência artificial fica mais difícil de agentes manipularem ou editarem dados.

É possível ter mais transparência e mostrar à população a destinação que está sendo dado ao dinheiro que é de todos. Mais uma vez vemos a eficiência da tecnologia.

Investir em tecnologias emergentes é uma necessidade para os gestores que desejam implementar serviços públicos do futuro. Por isso, compreender mais sobre o tema é muito importante, caso você esteja a frente de um órgão desse tipo.

Continue se informando em nosso artigo que mostra quais são os principais desafios em relação às tecnologias no setor público.