Cada vez mais se fala em soft skills e sobre a importância da adaptabilidade nas empresas. Há uma série de estudos que comprovam que, com o advento da transformação digital, as competências de caráter emocional serão ainda mais valorizadas e que o futuro marcará um período de transição para a sociedade como um todo.

A CI&T e a Opinion Box desenvolveram a pesquisa O Profissional do Futuro 2021, coletando informações de 1241 profissionais de diversos setores do mercado brasileiro em 2020. Segundo 44,2% dos entrevistados (líderes e não líderes), o “pensamento fora da caixa” seria ainda mais relevante que a liderança ou o conhecimento técnico aprofundado, ambos representados por 25% e 21,2%, respectivamente.

Nesse sentido, outro dado expressivo foi o de que o principal modelo mental seguido é de crescimento, representando 81%, contra o mindset fixo (19%) dos perguntados.

Ao mesmo tempo, o estudo mostrou que a Inteligência Emocional (IE), aliada à habilidade de analisar e usar dados de forma proativa e original, também terão um peso muito grande nas contratações e exigências profissionais.

Mais do que focar somente na adaptação, a sociabilidade e o pensamento crítico começam a ser mandatórias para as companhias, que precisam desenvolver em seus colaboradores – principalmente na liderança – a capacidade de comunicação.

Dessa forma, 80% dos profissionais afirmaram na pesquisa da CI&T e a Opinion Box, que é importante procurar por aprendizado em palestras (56%), eventos (45%) e cursos informais (42%).

A ideia de trocar experiência e ter contato com novas formas de pensamento ajuda a expandir a mentalidade não apenas de forma técnica, mas também interpessoal.

A busca por ambientes mais colaborativos e que aproveitem ao máximo o potencial intelectual de cada indivíduo passa a ser uma das principais tendências no meio corporativo.

COMO DESENVOLVER OS SOFT SKILLS

O treinamentos em soft skills já são uma realidade: a pesquisa Skills Revolution Reboot: The Three R’s-Renew, Reskill, Reploy da Manpower Group ouviu 26 mil gestores em mais de  25 países, apontando que cerca de um terço deles têm investido esforços nesse sentido. No Brasil, 450 pessoas foram entrevistadas, com 43% afirmando que essa também é uma preocupação por parte das empresas daqui.

No entanto, 64% dos consultados brasileiros (contra 38% em geral) levantaram a complexidade de perceber ou conseguir trabalhar esse tipo de capacidade entre os colaboradores.

De fato, ainda que muito bons tecnicamente, muitos profissionais não estão emocional ou psicologicamente preparados para enfrentar situações estressantes ou lidar com mudanças bruscas de cenário, como a que gerou a crise da pandemia do novo coronavírus.

Embora seja desafiador para muitos gestores, é imprescindível que haja um esforço coletivo para entender, junto à equipe de Recursos Humanos, como melhorar o desenvolvimento de cada profissional. Ou seja: formular ações consistentes de Employee Experience e fazer com que todos entendam claramente quais são os valores e objetivos da empresa.

Caso queira algumas dicas de como isso pode ser posto em prática, confira nosso artigo “Como desenvolver as soft skills nas pessoas da sua empresa.

Principalmente para quem deseja ter competitividade no mercado, olhar para o capital humano com atenção e explorar todo o seu potencial é algo que fará toda a diferença – tanto no presente, quanto no futuro.

As dificuldades do processo

Complementarmente, o relatório The Future of Jobs 2020, disponibilizado pelo Fórum Econômico Mundial no final de 2020, apontou um grande crescimento de funções disruptivas.

De acordo com a organização, enquanto 97 milhões de vagas seguindo essa mentalidade serão criadas nos próximos anos, 85 milhões de empregos ligados às tarefas repetitivas serão descontinuados.

As profissões do futuro contam com especialidade em IA, machine learning e até mesmo em profissionais que focados em Inteligência da Decisão, como alertamos em outro artigo.

Evidentemente, o problema é que não há no mercado atual a quantidade necessária de profissionais que a demanda exigirá.

No mesmo levantamento, o Fórum Econômico Mundial aponta que as empresas acreditam que cerca de 40% de seus funcionários precisam de ao menos seis meses de treinamento para desenvolver novas habilidades analíticas, combinadas às soft skills. E 94% delas espera que isso se torne uma realidade.

O interesse deixa até mesmo de ser meramente corporativo. Com as profissões que exigem pouco nível de escolaridade ou contato social em declínio acelerado, torna-se uma necessidade econômica e social conseguir realocá-las de alguma maneira.

Afinal, sem poder econômico, para quem as empresas irão vender seus produtos e serviços?

Mediante esse pensamento, é importante que os líderes se atualizem e mudem a forma de pensar em relação não só às equipes internas, quanto na sociedade como um todo.

É preciso entender e se adaptar às novas maneiras de lidar com dados, gestão de pessoas e pensar de acordo com a sustentabilidade empresarial.

 A tecnologia para ajudar nas transições

A tecnologia e a inovação têm papel fundamental na transformação do cenário que citamos. Tornar os processos menos complicados ou demorados e delegar funções mais administrativas ou estratégicas aos funcionários também são formas de estimular seu crescimento e habilidades interpessoais.

Nesse sentido, contar com soluções de gestão empresarial, sejam integradas como o SAP S/4HANA ou um módulo de RH que organiza toda as informações relacionadas aos colaboradores é quase fundamental para assegurar o crescimento sustentável de um negócio.

Assim, é possível olhar para o todo e identificar as melhores oportunidades em cada setor, estudando de forma clara as mudanças que são necessárias realizar.

Por isso, seja a sua empresa de pequeno, médio ou grande porte, ela pode contar com a Cast Group para dar suporte à inovação na direção empresarial.

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