Não importa o segmento que atua ou o porte, para sobreviver no mercado uma empresa precisa ser inovadora e adaptativa. Diversos conhecimentos e atitudes podem tornar qualquer negócio mais inovador, sendo que o papel das novas tecnologias é cada vez mais crucial.

O QUE É UMA EMPRESA INOVADORA?

Mas o que considerar para ser uma empresa inovadora e adaptativa? Este é o tema que abordamos hoje. O conceito de inovação já é bastante conhecido. Trata-se de uma das soluções mais buscadas por todos os empresários que já passaram pela inovação tecnológica. É um valor competitivo que ninguém pode desprezar se quiser se diferenciar no mercado.

O caminho rumo à inovação, que vai além da premissa de contar com o melhor sistema ERP do mercado, é amplo. Às vezes, se configura no desenvolvimento de um produto inédito. Em outras, depende da criação de uma forma inovadora de fazer mais e melhor do que os concorrentes.

Existe uma unanimidade quanto à necessidade primordial que é a transformação digital. E tudo isso só é possível graças à perfeita sintonia entre a estratégia e a cultura da empresa. Este também é um passo decisivo para torná-la, de fato, inovadora.

PILARES FUNDAMENTAIS DE INOVAÇÃO

Para os gurus do universo corporativo, a inovação está presente no DNA de uma empresa quando ela atende a alguns pilares fundamentais. Entre eles, estão pesquisa e desenvolvimento, gestão inovadora, pessoas conectadas com o que há de mais moderno no mundo, busca contínua por melhorias, geração de valor a partir de mudanças e pioneirismo.

Avanço tecnológico revolucionário, criação de novas necessidades por parte dos consumidores e inovação tratada de modo multidisciplinar e multifuncional complementam algumas listas sobre o que é necessário para tornar uma empresa inovadora e com sustentabilidade financeira.

COMO MEDIR O QUANTO UMA EMPRESA É INOVADORA?

A mensuração dos esforços e resultados de inovação é interessante. Para saber se uma determinada organização é inovadora, alguns fatores precisam ser medidos. Somente assim, será possível sabe se a estratégia adotada está rendendo bons frutos.

A integração e o relacionamento efetivo com universidades e startups é um dos parâmetros. Já que inovação também tem a ver com a capacidade de uma empresa em estabelecer relações de parcerias duradouras com instituições educacionais de ensino superior. Esta troca de ideias e  conhecimentos é decisiva.

Para determinar a eficiência no campo da pesquisa e desenvolvimento, além do número de pesquisadores – que são os profissionais dedicados exclusivamente a esta tarefa – devem ser coletados o número de patentes. Isso demonstra a capacidade de inovar de uma empresa. Afinal, só é possível conseguir patentes quando se tem algo sem similar no mercado.

 

Quando existe um processo estruturado e formal para geração de novas ideias, no qual todos os funcionários podem participar, a empresa conta com mais um indicador de inovação. A quantidade de ideias que são recebidas, avaliadas e acabam se tornando em novos produtos ou serviços também prova o quanto uma empresa é inovadora.

A mensuração de inovação está praticamente completa quando se mede a receita obtida por novos produtos/processos/serviços. Quais foram os resultados financeiros conquistados por uma organização que investiu em atividades de inovação?

Estes são os critérios geralmente utilizados pelos institutos e entidades que trabalham para reconhecer empresas inovadoras na comunidade.

INOVAÇÃO ESTÁ ENTENDIDA. MAS O QUE VEM A SER UMA EMPRESA ADAPTATIVA?

Este termo vem sendo usado mais recentemente. Porém, é igualmente importante. Novos tempos exigem posturas igualmente novas. Nunca o pensamento que expressa que a única certeza que temos na vida é a impermanência foi tão verdadeira. Para uma empresa administrar melhor a imprevisibilidade, tão comum nos dias de hoje, é um pouco complexo.

As mudanças são necessárias e não basta apenas se atualizar. É preciso inovar, como vimos até aqui. A velocidade em que tudo acontece no ambiente de negócios precisa ser compatível à registrada quando falamos em tecnologias digitais. O desafio maior de uma empresa é se preparar para um futuro imprevisível.

As tendências econômicas, políticas e sociais não apresentam estabilidade. E a pandemia do Coronavírus veio para incrementar ainda mais a urgência por ferramentas que dão conta de um cenário repleto de volatilidade. É nesse mar de incertezas que quem têm mais resiliência é mais capazes de sobreviver. Como diria Darwin!

LIDANDO COM DESCONFORTO E MEDO

Muitas vezes, uma companhia precisa mudar completamente o foco do seu negócio. Ou fazer uma transformação radical na sua linha de produtos. Outras situações exigem uma evolução consistente de processos internos. E tudo isso, naturalmente, gera desconforto e medo. Uma empresa adaptativa e com integração na área de RH lida melhor com as mudanças de rota.

As rupturas acontecem de maneira mais branda em lugares onde a autonomia já permeia entre boa parte dos funcionários e, principalmente, o pessoal que ocupa a linha de frente. Empresa que aposta fichas pesadas em personalização, ou seja, que sabe ouvir as necessidades de seus clientes também é forte candidata ao título de adaptativa.

Estas estratégias e características são essenciais porque garantem flexibilidade, abertura, agilidade, transparência e competência para que as mudanças ocorram rapidamente e com o menor prejuízo possível a todos os envolvidos.

Na prática, ocorre que todo negócio depende de uma gestão adaptativa. Ela é extremamente útil porque proporciona uma operação mais simples, descomplicada e sem rigidez hierárquica, por exemplo. Um ambiente de incertezas requer que as pessoas consigam vivenciar turbulências sem traumas.

PRINCÍPIOS DE GOVERNANÇA

Numa empresa adaptativa, existe também a clareza de propósito. Será que todos os funcionários da sua empresa sabem qual é o verdadeiro propósito do local em que trabalham? Eles conhecem a missão e os valores da organização? Existe liberdade para que todos contribuam com suas sugestões e críticas?

Estas perguntas são provocativas porque questionam princípios de governança. O momento exige menos controle e maior gestão adaptativa. É fundamental que as pessoas entendam o quanto suas próprias atuações respondem pelos resultados finais da empresa.

Se uma pessoa só muda quando olha pra dentro de si, como alguém pode esperar que uma empresa mude sem que haja uma agenda de prioridades muito bem comunicadas ao seu público interno? Anote: enquanto os funcionários não enxergarem o valor de sua fatia no bolo todo, empresa alguma sai do lugar que está.